sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A rede da solidariedade

A região metropolitana viveu ontem um dia de fúria da natureza.
Pelas minhas parcas lembranças o último temporal tão devastador ocorreu em outubro de 2000 quando eu tinha acabado de trazer minha filha prá casa. Ela estava com 4 dias e seu umbigo estava caindo, e eu, uma neo-mãe, me descabelava por achar que umbigos só poderiam cair depois de 7 dias. Mas eles podem cair antes...hoje eu sei disso. Daquela vez o fenômeno da natureza, embora de violentíssima proporção, ficou em segundo plano.
Voltando para nossos dias atuais esparramo meu olhar sobre o que marcou prá mim dessa vez: A rede de solidariedade que gera um acontecimento assim.
No momento em que o mundo estava literalmente caindo, em forma de postes, árvores e telhados as pessoas estavam congestinando as linhas telefônicas para falar com seus amigos, parentes e afetos saber se estava tudo bem, se havia acontecido algo.
Uma rede de solidariedade ligando, literalmente, todos os gaúchos de forma direta ou indireta, mostrando que, apesar do temperamento intempestivo da natureza,o que realmente importa são as pessoas que a gente quer bem.
Essa é a nossa natureza, a natureza humana, que mostra que a força mais grandiosa do universo é o amor que liga as pessoas.

5 comentários:

Anônimo disse...

Super-Mari, os paulistanos como eu ficaram tão embrutecidos que são capazes, às vezes, de passarem incólumes por um morador de rua ansiando por uma ajuda e grudarem no vidro do carro um adesivo - "Eu ajudei Santa Catarina!". Nos trens do metrô daqui se ouve sempre pelas caixas de som dos vagões: "Não dê esmolas! Ajude uma instituição de sua confiança.". Eu fico p* quando querem barrar a solidariedade que o nosso coração quer doar; o nosso querido músculo involuntário. Uma esmola, certamente, não resolve um problema todo, mas certamente o ameniza. O difícil é fazer o bem sem pré-julgamentos e não esperar reconhecimentos; saber que fora da caridade não há salvação.

Um ótimo domingo!

CarolBorne disse...

Uma pena que a maioria das pessoas só arma sua rede de solidariedade em momentos assim, intempestivos e trágicos. Ainda bem que alguns continuam o tempo todo.

Simone disse...

Como estávamos sem luz desde as 12:30), Eduardo, meu filho (16 aninhos)"agitou" uma ida ao Iguatemi (estava entediado, queria lanchar, ir ao cinema, etc). Fomos. Enquanto passávamos no "Caminho do Meio", região repleta de vilas pobres, avistei um menino, talvez 12 anos de idade, com duas taquaras que certamente tinha acabado de cortar no mato... Então, me veio meu momento de maior reflexão: eu, levando meus dois adolescentes entediados, que não suportam umas poucas horas sem luz, para passear n "shoppïng", enquanto outros estavam lutando prá manter seu pobre barraco em pé!

Quando a vida dentro de mim se tornou possivel disse...

Olha eu de novo aqui para te presentar com um selinho-você merece querida!!pega lá tá? bjossssssss

Prussiano disse...

Solidaridade deve estar presente... no nosso dia-a-dia e... principalmente, no nosso coração!!
Não imoprtam os pre-julgamentos, se temos a opção de fazer o bem e a coisa certa... então.... porque não fazer !?
Abraços...

=]