quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Verdades indubitáveis

Vivemos a vida procurando por "verdades indubitáveis" até que começamos a amadurecer e descobrimos que elas não existem...São balelas...
Os filósofos que me perdoem a discordância, mas essa teoria está ficando, a cada dia, mais evidente no meu insignificante ponto de vista.
Verdades eternas, como juras de casamento num altar, com várias testemunhas, não são suficientes quando a crise conjugal aflora. Batizados não são suficientes para que alguém escolha outra religião no futuro...Juras de amor são eternas apenas no momento em que são pronunciadas.
A vida é pulsante. Ela não pára, não espera.
Antes que alguém pense que estou vivendo alguma crise existencial já vou esclarecer que não se trata disso. Minha tormenta pessoal é combinada com luto.
A vida e a morte. A eterna luta...Quando deixa de ser luta se transforma em luto...nunca tinha pensado nisso...nessa comparação da palavra....Muito elucidativa.
Tudo o que pregamos e defendemos simplesmente desaparecem junto conosco quando partimos.
Uma amiga virtual, mas muito real, partiu. Ela era uma Reverenda. Era anglicana e os anglicanos ordenam mulheres para o sacerdócio.
Essa mulher, que tinha duas filhas, amava os animais e servia à Deus com muita fé lutou durante alguns anos contra um câncer, mas sua luta se transformou no meu luto, pois ela não venceu a última batalha. Não pensem que ela não lutou, pois lutou muito.
Acredito que apenas essa seja uma verdade indubitável: a única marca que deixamos no mundo, os rastros de nossa passagem, é o amor.
Fora disso, não há salvação, não há sobrevivência nessa esfera...
Vá com Deus minha amiga querida, pois aqui ficaremos sempre tocados pelo teu amor.

5 comentários:

Fernanda disse...

Que lindo, Mari!

Creio que quando partimos tudo o que somos ou fazemos não desaparece. Para quem foi tocado de alguma maneira por aquela pessoa, fica a marca para sempre. Marca que, como cicatriz, passa por modificações, mas de alguma forma está sempre conosco.

Que a nossa querida Lúcia esteja em paz.

Marlene Koch disse...

Oh Marilisa... meus sentimentos por sua amiga que se foi para outro plano. A tua frase sobre a vida.. que quando não é luta é luto, é bem reflexiva. Quando não é luta, é luto.
Poxa vida que grande frase essa tua Marilise, que grandes verdades. No que escreves jamais pensaria em conflito existencial e sim, numa grande pensadora, que é, o que és.

Blog da Terezinha Sobreira de VS disse...

Marilise.
Já estou pensando que a vida é uma ilusão... Criamos expectativas, lutamos por alcançá-las, às vezes, até tocamos em nossos sonhos e, como uma nuvem que passa, temos que jogar tudo para o alto...
Não é brincadeira ter que largar tudo e partir.
Mas a alma existe e ela sobrevive à nossa morte. Tem que ser assim.
Do contrário, não vale a pena ter nascido.

Blog da Terezinha Sobreira de VS disse...

Marilise.
Arrependo-me de ter-lhe falado sobre a alma.
Nem sei qual a sua religião...
Não o devia ter feito.
Desculpe-me.
Um grande abraço, grande mesmo.

Marilisa disse...

Terezinha, não te chateies por isso, pois sinceramente, penso da mesma forma!!
bjs