sábado, 11 de julho de 2009


Moro num Pais tropical abençoado por Deus e bonito por natureza, só que estou aqui no paralelo 30, leia-se: frio prá caramba.
Hoje,depois de uma semana de dias cinzas, mas não tão frios, com chuvas e umidade insistentes (a temperatura ficou em torno dos 18º graus), fomos brindados de um dia de sol muito tímido. A mulherada das redondezas tá ensandecida lavando roupas se preparando para uma semana de frios intensos, mas secos...
Clima descontrolado, parece que tem TPM.
Num dia frio de bater queixo, no outro lambuzeira total e melequenta de um arremedo de verão.
Isso se chama inverno no Rio Grande do Sul.
Isso parece romântico para alguém?
Sair vestida de cebola, com várias e várias camadas sobrepostas de roupa, tendo os movimentos comprometidos.
Me sinto o robô do Perdidos no Espaço: Perigo, perigo!!
Falando assim posso parecer egoísta, pois apesar de tudo tenho uma casa quentinha e roupas e alimento suficientes para sobreviver a tudo isso.
Aí entra a questão dos flagelados. Pessoas que vivem, muitas vezes, nas ruas, sem roupas e comida para enfrentar com dignidade temperaturas que incomodam tanto uma pessoa afortunada como eu.
Como comer um founde ou massa carbonara sem sentir uma pontada de culpa?
Há quem possa pensar que sou apaixonada pelo verão.
Na verdade sou apaixonada por estações previsíveis. Que não me congele ou que não me derreta.
Quer coisa mais sofisticada, mais educada do que o outono?
Temos a sensação de frescor (que paulistas e mineiros chamam de inverno), sem ter de passar pelo purgatório dos climas descontrolados e, é claro, regados a umidade.
Até a gripe Suína, gentilmente batizada de gripe A, dá os ares de sua graça mais aqui do que lá prá cima.
Socorro, quero morar em algum lugar acima do Paraná e abaixo de Minas Gerais.
Viver aqui no Sul, literalmente, não faz bem prá saúde.

Um comentário:

Cib disse...

Mari, se fores, me leva! Dão aguendo bais esse cliba de endubir dariz, belo abor de Deus!