quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Maternidade e Gripe Suína

Ser mãe é padecer no paraíso!
Muitas vezes tenho certeza que o inferno é aqui e que paraíso, nesses casos, é apenas coisa de poeta.
E homem.
Mas, como tudo na vida, isso é apenas relativo.
Essas férias forçadas em tempos de gripe suína são a prova dos nove que faltava para que eu chegasse a conclusão de que maternidade e paraíso são estados incompatíveis, como água e azeite.
Normalmente o sentimento mais sublime que visita o coração das mães ocorre justamente quando suas proles estão..dormindo. Os olhos pousam sobre aquela criaturinha tão linda, ali adormecida e desprotegida, que não raro suspiramos: Parece um anjinho.
É, parece mesmo, mas se vocês que tá aí lendo já é mãe há de concordar comigo que essa frase é apenas a livre tradução de: "Essa criança é um demônio!"
Quando está acordada é claro.
Crianças são criaturas egoístas, muito bem centradas no seu próprio umbigo e nada mudará isso, apenas o tempo, mas aí já não serão mais crianças e talvez o castigo seja a prórpia maternidade.
Aquele mais desavisado que estiver correndo os olhos pela tela nesse momento deve estar pensando que não sou nem mesmo madrasta, apenas um monstro sem coração.
Calma, não me julgue antes de calçar minhas sandálias.
O que afirmo aqui é que a tarefa é árdua e o caminho é longo, mas que nada se compara ao amor que sinto pelos meus filhos. Mesmo que às vezes tenha ímpetos de esganá-los.
São dois demônios, eu sei, mas são também os anjos mais lindos que Deus me fez o favor de mandar.
Uma me ensina paciência.
O outro me ensina doçura.
Sentimentos dos quais eu sabia apenas o sentido literal e que faziam a maior falta na minha vida.
Enfim, voltando lá para o inicio, dar ocupação para duas crianças exigentes é uma tarefa hercúlea que por vezes me deixa à beira de um ataque de nervos.
Daqueles bem violentos.
Haja paciência.
Quando chega o fim do dia e sinto que minhas forças me abandonam, que não consigo dar mais um passo que não seja rumo à minha caminha, olho para aqueles anjinhos deitadinhos na cama e recarrego as baterias, afinal, amanhã é outro dia.

3 comentários:

Bruna Souza disse...

Criança são realmente os dois extremos, uma hora dão muita alegria, na outra muita raiva, mas não vivemos sem elas, que coisa mais fofas que elas são, um dia, por incrível que pareça, até fomos uma...rsrsrsrssrs...


Adoro seu jeito de escrever e contar as coisas...


Beijo

Letícia disse...

Oi Mari!

Brigadão pela força!!!`

Eu concordo contigo, acho que qndo eu for mãe também vou ter sentimentos contraditórios. Faz parte!

Beijocas

Unknown disse...

muito obrigada pela visita!! volte sempre!! tb voltarei.. rs bjoo